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A ancestralidade não é um conceito superficial ou meramente discursivo, nem um modismo sem profundidade.

Pelo contrário, trata-se de uma força viva que nos atravessa, um legado de nossos antecessores que se manifesta tanto no corpo quanto na cultura. Não se restringe apenas à biologia, mas envolve aspetos filosóficos, espirituais e sociais que moldam nossa identidade e a forma como nos posicionamos naturalmente no espaço!

Na tradição yorubá, os corpos carregam marcas ancestrais que muitas vezes são ignoradas pela sociedade, resultando em um sentimento de personalidade e na imposição de padrões que não respeitam a diversidade. As dificuldades enfrentadas pela população negra, desde problemas de saúde até questões sócio económicas, não são meras coincidências, mas reflexos de uma história de opressão e resistência. A cultura afro-brasileira não é apenas uma manifestação artística ou estética, mas um património ancestral que deve ser reconhecido e respeitado. Muitos dos ritmos e expressões culturais mais valorizados no Brasil têm raízes africanas, mas, muitas vezes, são protegidos e dissociados de sua origem, enquanto seus criadores seguem invisibilizados. Respeitar a ancestralidade é honrar aqueles que vieram antes de nós, garantindo que sua essência não seja apagada, mas, sim, preservada e transmitida para as Gerações Vindouras.

Lindu Mona afirma seu compromisso com os direitos da população negra e afro-descendente, defendendo um ambiente de justiça, inclusão e respeito à diversidade religiosa, onde a liberdade de crença é parte essencial da celebração da identidade e da cultura.

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